A Criança e o uso de mochilas escolares Sigam o link e podem encontrar o boletim com informação relativa ao uso de mochilas escolares. É muito importante ler para sabermos o que devemos de comprar porque estamos a influenciar a saúde dos nossos filhos!
No próximo dia 8 de março, às 17h30 horas, terá lugar na Escola Superior
de Educação de Lisboa a apresentação do livro "Há muitos mundos no
mundo" Cosmopolitismo, Participação e Direitos da Criança, de Catarina
Tomás.
A apresentação estará a cargo da Professora
Doutora Teresa Vasconcelos, da Escola Superior de Educação de Lisboa.
Organização : Escola Superior de Educação de
Lisboa e APEI- Associação de Profissionais de Educação de Infância.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
I Feira de Artesanato de Alfragide
Inscrições
Vai-se
realizar no mês de Março
dias 3 e 4, a I
Feira de Artesanato de Alfragide.
Estão abertas as inscrições até ao dia
24 de Fevereiro, para poder participar. Consulte o
regulamento.
E falam-me de revisão curricular?
Um dia cinzento…professor.
Hoje o dia amanheceu cinzento e
chuvoso…Para muitos mais um dia de inverno! Para mim um dia triste,
coberto de indignação, revolta, medo, impotência e desolação.
Ontem, em frente à Escola EB
2/3 Padre António Luís Moreira, nos Carvalhos – Vila Nova de Gaia, um
Professor de Matemática, de 63 anos, foi violentamente agredido por três
indivíduos de etnia cigana. Não. Não agrediu nenhum aluno. Não foi
incorreto com ninguém, nem tão pouco falou mais alto. O exemplo de
civismo, educação, correcção e profissionalismo é a descrição deste
nosso colega. Apenas mandou que uma aluna de etnia cigana se retirasse
da sala onde entrou sem autorização e sem educação. Motivo este bastante
para que a aluna comunicasse com os familiares que de forma selvagem se
encarregaram do “ajuste de contas”.
Sou professora e tenho também alunos de etnia cigana. Terei provavelmente princípios de educação e civismo semelhantes aos da maior parte dos professores, como este colega. Corrijo todos os dias os comportamentos e atitudes que considero despropositados. Trato todos os alunos de igual forma tendo como principio a igualdade de que todos falam com a “boca cheia”. Igualdade essa de direitos, mas também de deveres. Sim, porque não pensem que a igualdade só serve para ter direitos! O cumprimento das regras de civismo e respeito também fazem parte. E se um dos meus alunos achar que “cuspir em cima das secretárias” é um direito que ele tem? Isso vai contra o meu entendimento de respeito e educação e, como tal terei de informá-lo da necessidade de limpar a secretária que é de todos. Se a moda pega, terei com toda a certeza de pedir proteção policial para sair da escola.
Cada vez que tento visualizar a situação de agressão a que foi sujeito este professor, fico completamente de rastos, desmoralizada e sem motivação alguma para continuar a fazer aquilo que escolhi há muitos anos.
E falam-me em revisão curricular??
Podem fazê-las todas e todos os anos! Não é aí que se encontra o “cancro” da Escola/Educação. Podem aumentar as cargas horárias todas que quiserem! Os alunos não vão saber mais por isso. É o mesmo que tentar tratar o doente com a medicação errada.
A indisciplina grassa em grande escala e em percurso crescente na maior parte dos estabelecimentos de ensino do nosso país. É mais ou menos camuflada, numas ou noutras escolas, por interesses vários, desde directores a ministros.
Mas está instaurada e cada vez com maior número de aderentes. A nós pouco nos resta fazer. Tentamos de todas as formas, nunca infringindo a lei ou ferindo os tão apregoados direitos do aluno, proteger os poucos que sabem para que serve a Escola, o Professor e a Educação. Mesmo correndo algum risco de, segundo os entendidos, traumatizar as crianças, ainda elevamos o tom de voz ou castigamos um ou outro aluno, na tentativa, quase inglória, de “salvar” mais um.
Sabendo que a missão primeira de educar compete aos pais e sabendo que poderemos ser verbalmente e fisicamente agredidos, arriscamos e transmitimos sempre que achamos premente, os valores e princípios que os nossos alunos não trazem de casa, corrigimos atitudes, somos pai e mãe sempre que necessário. Recebemos mensagens escritas dos encarregados de educação, revelando uma falta de respeito, educação e desconhecimento atroz, porque cansamos o seu educando com os trabalhos de casa. Somos ameaçados pelos pais e familiares dos alunos a quem dizemos que é necessário um caderno e uma caneta para escrever e que esse material é muito mais importante numa sala de aula, do que um telemóvel…
E falam-me em revisão curricular??…
Não aguento mais medidas sem sentido e de nenhum efeito. Um médico não receita sem saber qual é o mal de um doente, ou não deveria fazê-lo.
Então como se quer tratar a Escola/Educação sem antes perceber, analisar, verificar onde está realmente o grande, imenso problema?
É urgente e inadiável impor a disciplina nas escolas portuguesas.
É urgente e inadiável que se percebam as diferenças de direitos e deveres entre um adulto e uma criança.
É urgente e inadiável que um professor possa ensinar quem quer realmente aprender.
É urgente e inadiável que o medo deixe de ser uma sombra permanente sobre as cabeças dos docentes do nosso país.
É urgente e inadiável que possamos intervir assertivamente e no imediato em situações que estão no limiar do humanamente suportável.
É urgente e inadiável que o respeito e educação que exijo aos meus filhos, possa exigir da mesma forma aos meus alunos.
E falam-me de revisão curricular??
É inadmissível que o professor seja obrigado a engolir os insultos de um aluno que tem mais ou menos a idade dos seus filhos quando em sua casa isso não é minimamente tolerável.
Não pensem que quero “a menina dos cinco olhinhos”. Não. Apenas penso que fomos exactamente para o outro extremo. Quase que me apetece dizer que se vive uma anarquia nas escolas. Gritar fere a sensibilidade das crianças, mas falar baixo não resulta pois estas não sabem estar caladas. Uma bofetada ou puxão de orelhas? Completamente desadequado. Isso só com os nossos filhos surte efeito. Aos nossos alunos traumatiza e marca para toda a vida. Talvez seja por isso, por tantos traumas destes, que a nossa geração cresceu, formou-se, trabalha e não espera que nenhum subsídio seja criado e nenhuma casa lhe seja oferecida.
Os meus vinte e cinco anos de serviço não me ensinaram a viver uma escola em que importa apenas que as crianças sejam muito felizes e acreditem que a vida é super fácil; que o trabalhar é apenas para os “totós”, pois a preguiça compensa e de uma forma ou de outra todos conseguirão fazer a escola; que independentemente de cumprirmos as regras teremos sempre direitos; que pudemos ofender de todas as formas possíveis e agredir sempre, pois o pior que poderá acontecer são uns dias de “férias” em casa; que de uma forma ou de outra, a culpa é sempre do professor.
O nosso colega está em casa, depois de uma tarde nas urgências do hospital, com cortes no rosto e muitos hematomas. Tenho o estômago embrulhado e um nó na garganta. Uma vida inteira dedicada a ensinar e a formar um futuro melhor para o nosso país é desta forma agraciada quase no fim da sua carreira. E quem está a ler e a sentir-se da mesma forma que eu perguntará: “ E a escola não age?” E eu digo-vos qual é a resposta: “Foi fora do recinto escolar.” Gostaram? Conseguem imaginar como será o estado de espírito deste professor de matemática? Já não falo das marcas físicas e das dores que deve ter, pois foram muitos pontapés e murros covardemente dados por três homens na casa dos vinte anos. Covardemente por serem três a agredirem um senhor de sessenta e três anos. Falo na dor psicológica, uma dor que não passa com analgésicos, que vai lá ficar muito tempo. Será a recordação mais viva que terá da sua longa carreira que está quase no final. Aqui fica a medalha de “cortiça” que recebe pela sua dedicação e entrega à escola e aos alunos.
No final apenas fica o amargo de boca de quem tem consciência de que fez o melhor trabalho que pode, que entregou a melhor parte da sua vida e juventude aos seus alunos, que exerceu com toda a dignidade a sua profissão, respeitando sempre todos, engrandecendo o conhecimento de muitos.
Resta-me dizer que este dia cinzento tem toda a razão de ser e todos os professores se sentirão exactamente neste cinzento que porventura será a cor que melhor define os sentimentos de quem neste momento consegue imaginar-se no lugar deste professor.
Maria do Rosário Meireles Cunha
Professora na Escola EB 2/3 de Olival
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Plano de Contingência devido ao frio
O Plano de Contingência descreve a actuação dos serviços e entidades que integram o Sistema Municipal de Protecção Civil, relativamente às responsabilidades, organização e conceito de operações, no domínio da intervenção social e da protecção civil, relacionado com a ocorrência de ondas de frio, dirigida especificamente à população de rua da cidade.
Entre 1 de Novembro e 31 de Março o plano é automaticamente activado, estabelecendo-se o nível de alerta azul.
Nível de Alerta Grau de Intensidade Situação Nível 1 AZUL SITUAÇÃO DE VIGILÂNCIA (entre 01 de Novembro e 31 de Março) Nível 2 AMARELO SITUAÇÃO DE RISCO (Situação onde são previsiveis efeitos sobre a saúde) Nível 3 LARANJA ONDA DE FRIO (Situação onde são esperadas consequências graves em termos de saúde) Nível 4 VERMELHO ONDA DE FRIO GRAVE (Situação onde são esperadas consequências muito graves em termos de saúde e mortalidade)
Em Lisboa uma situação de aviso de frio, ocorre quando os valores diários de temperatura mínima se apresentam inferiores ou iguais a 3ºC, ao longo de 2 ou mais dias seguidos, passando o Plano a alerta amarelo.
Perante a previsão de tempo frio (temperaturas mínimas abaixo de 3ºC num período superior a 48 horas), o IM emite um aviso amarelo para que as entidades de protecção civil definam o seu nível de alerta. Este sistema de aviso meteorológico difundido pelo IM, é emitido à escala distrital e individualizado por parâmetro, segundo uma tabela graduada de cores, as quais reflectem o grau de intensidade do fenómeno, conforme é apresentado no Quadro acima.
Face à informação meteorológica do Instituto de Meteorologia, é feita uma avaliação conjunta entre o Director do Plano e o Departamento de Protecção Civil, a fim de ser determinado o nível de alerta para os serviços e entidades constantes no presente Plano, sendo a sua emissão feita através do Departamento de Protecção Civil. O Centro de Coordenação Integrado desencadeará as acções previstas neste Plano estabelecendo a ligação com as diversas entidades e serviços com capacidade de resposta face à situação identificada. Os níveis de alerta condicionarão os tipos de intervenção a realizar.
O espaço de apoio à emergência será instalado no Pavilhão Desportivo do Casal Vistoso. Considerou-se a existência de quatro pontos de concentração em locais centrais da cidade, onde irão estar Equipas de Rua a efectuar o encaminhamento da população de rua para o espaço de apoio à emergência.
- Metro Restauradores (porta da estação de metro frente à Loja do Cidadão) - Equipa de Rua do Movimento ao Serviço da Vida;
- Metro Intendente (porta da estação de metro da Rua Andrade) - Equipa de Rua E.T.I.R. Associação Vitae;
- Metro Saldanha (porta da estação de metro junto ao Edifício Monumental) - Equipa de Rua E.T.I.R. Ass. Vitae;
- Fachada principal da estação da CP de Stª Apolónia (átrio principal) – Equipa Rua da Comunidade Vida e Paz
Serão distribuídos à população sem abrigo folhetos com a informação para acederem ao Espaço de Emergência.
Para qualquer esclarecimento adicional contactar a Dr.ª Madalena Dias – Coordenadora do Núcleo de Apoio aos Sem Abrigo - 91 006 19 03 – madalena.dias@cm-lisboa.pt