quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Afinal, para que serve uma Associação de Pais?

Com o início de mais um ano lectivo, chegam novos alunos e novos pais à Escola. As expectativas, ansiedades e dúvidas destes novos alunos e pais são, na essência, iguais às que eu e o meu filho mais crescido, ou os outros pais e alunos, experimentaram quando entraram pela primeira vez numa Escola do Ensino Básico.

A larga maioria dos pais terá a experiência dos seus filhos terem passado por creches e jardins de infância, onde o contacto com a educadora é, regra geral, directo e fácil, permitindo dar solução por esta via à maioria das questões que se lhes coloca, seja ao nível individual de cada aluno, seja ao nível do grupo em que ele se insere. Porém, no ensino básico torna- se impossível, na prática, continuar a utilizar em exclusivo esse modelo de contacto para o acompanhamento da vida escolar dos nossos filhos.

Essa impossibilidade decorre de um conjunto de razões. Por um lado, ocorre um progressivo enriquecimento e variedade de disciplinas e matérias, o que, consequentemente, torna também mais complexa a sua supervisão e acompanhamento por parte dos professores. Consequentemente, os professores vêm-se obrigados a uma maior especialização e enfoque no acompanhamento da sua turma, passando a não lhes ser possível transmitir as questões de âmbito mais geral da vida da escola à Direcção da Escola. Por outro lado, as crianças, com o crescimento, vão ficando cada vez mais autónomas e a dimensão da escola, ao ser muito maior, faz aumentar a preocupação com as questões relacionadas com a segurança e a disciplina, entre outras.

Assim, para além do acompanhamento individual da vida escolar do seu filho dentro da escola, surge a necessidade de criar uma estrutura representativa dos pais junto da Direcção da Escola: a Associação de Pais. É através desta que os pais comunicam com a Direcção da Escola, nomeadamente fazendo-lhe chegar as suas expectativas, preocupações ou recomendações.

As responsabilidades de representação e acompanhamento das associações de pais não se limitam à escola, alargando-se a todo o Agrupamento de Escolas (no nosso caso, composto por mais duas EB1/JI – Alfragide e Alto do Moinho – e pela escola-sede: EB2,3 Almeida Garrett). Esta responsabilidade obriga a uma coordenação próxima das associações destas escolas, nomeadamente para a nomeação de representantes no Concelho Geral (em que estão presentes 5 pais, num total de 21 conselheiros) e no Conselho Pedagógico (1 representante dos pais, sendo os restantes conselheiros professores das várias áreas).

Como estrutura representativa de um colectivo, os pais dos alunos da escola, a intervenção da Associação de Pais na Escola será tanta, ou tão pouca, quanta os pais manifestem aos seus Orgãos Sociais. Nesse sentido, apelamos à participação dos pais nos trabalhos da associação, nomeadamente comparecendo nas assembleias gerais, que são convocadas sempre que necessário, de acordo com os Estatutos da Associação.

O Presidente da Assembleia Geral - Paulo Toste

2 comentários:

  1. Cara Sofia,
    Mesmo não sendo ainda sócio ou membro activo desta associação, não posso deixar de fazer um alerta para uma situação que surgiu nos últimos 2 ou 3 dias. Por coincidência ou não, a questão colocada aqui ao lado direito sobre a qualidade da comida este ano, arrisca-se a ser mal interpretada por quem a ler. Os assaltos à cozinha da escola são uma ameaça à qualidade da comida e do bem-estar de todos os alunos e também possivelmente, de alguns professores e funcionários. Fui hoje confrontado com mais uma "razia" da qual resultarou novamente o desparecimento de tachos e panelas. Segundo me informaram, a situação é contornável, pois o almoço irá ser servido à mesma, apenas com a condicionante de ser "uma refeição fria". Parece que levaram também "um" forno...
    A minha pergunta é (A minha filha Sara começou a escola no dia 13 de Setembro e, segundo me parece, até ao dia 30 já houve 3 assaltos ao recinto. É uma média, no mínimo, assutadora, para quem ainda agora se iniciou nestas andanças): Que medidas se podem tomar para tentar de alguma forma evitar que estas situações se tornem a repetir?
    A minhas palavras vêm no seguimento de uma manhã algo atribulada e que me criou algum desconforto ao deixar a minha filha na escola, pois fiquei sem ter certeza na altura, se iria ter ou não condições para almoçar.
    Estou disponível para colaborar no que seja necessário.
    Com os melhores cumprimentos,
    Diogo Patacho (Enc. Educ. Sara Patacho - 1ºC)

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  2. Boa tarde,

    agradeço desde já o seu feedback. O inquérito presente no blog refere-se a uma situação do passado ano em que a comida era de péssima qualidade e que as crianças se recusavam a comer, e algumas chegavam mesmo a vomitar. A comida tinha uma apresentação "horrível", com água à volta do puré, massa a desfazer-se e aguada, comida com excesso de sal, comida com maus cheiro, peixe de qualidade duvidosa, etc. Visto que este ano mudámos de cozinheira e a comida melhorou muito, estamos a pedir a opinião dos Pais sobre a comida servida este ano.

    Relativamente aos assaltos, acabei de publicar no nosso blog o ponto de situação e a convocatória feita às entidades responsáveis de modo a chegar a uma solução para acabar com esta insegurança.

    Atenciosamente

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